segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

EDIFICANDO IGREJAS VIVAS

Texto referência: Is. 58: 8 - 12.

Exisem quatro paisagens no sertão: Árvores secas, galhos despedaçados, açudes vazios e árvores sem frutas. Cada paisagem representa uma realidade na vida do sertanejo. Qualquer cenário dos quatro é triste porque todos são sem vida.

Homens e crianças sem "eira nem beira" perambulam pelo deserto sem esperança. São pessoas fragilizadas pela seca que vivem no limite do suportável.

No contra-ponto do sertão, nós fomos chamados para edificarmos igrejas jardins. Quantas igrejas ou ministério já morreram? Outras estão morrendo porque tentam alimentar o rebanho com açude vazio. Cada dia surgem novas igrejas na mesma proporção que novas pizzarias. Líderes sem preparo que assumem posição de comando sem cheiro de ovelha, sem cajado, sem sequer ter gerado ovelhas e sem coração de pastor.

É tempo de mudança. Quem não aceita e não entende este fato, terá um ministério em cujo final só haverá dor, ressentimento e armagura. Quem não sabe para onde vai, qualquer lugar serve.



Os tipos de igrejas:

Igrejas engessadas, arcaicas e pré-históricas onde a tradição é mais importante que as pessoas.

Igrejas dinâmicas, mas sem conteúdo. "O culto na minha igreja é ótimo, o pastor nem prega."

Igrejas periféricas do tipo Fest Food, onde tudo deve ser rápido porque os compromissos particulares são mais importantes.

Igrejas de liderança mediocre que em lugar de ganhar almas, estabelece-se regras onde as reuniões são mais importantes que o culto. A roupa e as jóias em geram são mais relevantes para decidir quem fica ou não na igreja.

Igrejas com liderança míope onde se discute se corta ou não corta o cabelo. Usa ou não usa barba. Quanto tempo alguem deve ficar no "gancho" por essa ou aquela falha enquanto a calúnia, a inveja, a mentira e o jogo político correm soltos.

Os tempos mudaram. Agora tem opção de igreja. Alguns podem até dizer: "Se eu não gostar desta, vou para outra." Hoje nem católico está mais a fim de missa sem graça.

Precisamos ter os pés no presente, mas a visão no futuro. Igreja sem sentido, sem propósito é melhor fechar as portas e se unir a outra mais dinâmica. Aquele discurso de que "só minha igreja salva" caiu em desuso. Ninguem diz que quem está na sua igreja não se salva, a menos que não se preocupe com a salvação como tem algumas por aí. Dessas eu tô fora.



O culto que faz a diferença:

Quem tem a palavra edifica. Enche a igreja, as praças, o país e o mundo com sua mensagem. Fico preocupado com os púlpitos sem palavras, que só têm discursos vazios e sem objetividade. Se tiver meia hora de louvor, tem que ter meia hora de palavra que edifica. Sem pregação não há edificação. Hoje se vê por aí muita música e pouca adoração.

Povo nutrido é povo sábio. Púlpito ungido é púlpito avivado.

Igreja que sabe o que é e o que prega, sabe onde quer chegar.

A mim me preocupa as tais igrejas UTI de Deus. Só falam em cura e milagres e exploram a miséria do povo inclusive expondo as pessoas pela midia. Pregar salvação não dá ibope. A mensagem para ser cristocêntrica tem que ser bibliocêntrica. A base da palavra é o evangelho salvador e não o evangelho curador. A cura é conseqüencia e não causa de Jesus ter dado Sua vida por nós.



Os cinco olhares da igreja:

1- Olhar para trás com gratidão pelo amor de Jesus.

2-Olhar para cima com louvor e glorificação.

3-Olhar para os lados com amor. Sua vida a serviço de Deus.

4- Olhar para dentro de si mesmo e dizer: Eu quero. Eu preciso mudar.

5-Olhar para frente com esperança e seguir o caminho com ousadia.

"A esperança é um empréstimo que se faz à felicidade."



O manancial cujas águas nunca falham, florescerá no deserto. Haverá uma tempo de restauração para a igreja do Senhor. A igreja do sonho e da visão dos santos. Esta igreja triunfará como igreja viva.